Melhora o desempenho físico e mental
Melhora o desempenho físico e mental, aumentando o estado de atenção e estimulando a memória, apresenta espetacular efeito afrodisíaco e energético.
NOME CIENTÍFICO: Paullinia cupana Kunth. variedade typica e Paullinia cupana Kunth. variedade sorbilis (Mart.) (Soares, 2000).
NOME POPULAR: Guaraná, Varaná, Paulinia, Cupana, Naranazeiro, Guaranáuva, Uaraná e Guaranazeiro, no Brasil; Guarana, na França; Brazilian Cocoa, Guarana Bread e Paullinia, em inglês; Guaranà, na Itália; Cupana, no México; Guaraná, Cupana e Yocco, na Colômbia e na Venezuela; Guaraná, na Espanha (Soares, 2000).
INDICAÇÕES E AÇÃO FARMACOLÓGICA: O Guaraná é indicado na astenia, depressão nervosa, favorece a atividade intelectual, dispepsias, fl atulências, fermentações anormais e diarréia, prevenção da arterioesclerose, tromboembolismo e cefaléias. Em Homeopatia é indicado nas cefaléias, disenteria e hemorróidas (Cairo, 1983). As xantinas presentes no Guaraná são estimulantes do sistema nervoso central, onde dentre elas a cafeína é a de ação mais potente. Ao nível cortical, doses terapêuticas de 150-300 mg de cafeína, produzem um estímulo das funções psíquicas, promovendo um estado de alerta ao indivíduo, melhor associação das idéias e das atividades intelectuais, maior resistência ao cansaço e uma sensação de bem-estar. Doses mais altas podem responder aos efeitos dos barbitúricos. Ao nível bulbar, a cafeína estimula os centros localizados no bulbo, especialmente o centro respiratório. Sobre os brônquios e os bronquíolos, as xantinas produzem relaxamento da musculatura lisa. Ao nível cardiovascular são estimulantes, sendo a teofi lina a que maior exerce efeito e incrementa os batimentos cardíacos. Ao nível digestivo, todas as xantinas irritam a mucosa gástrica, podendo ocasionar náuseas e vômitos. Ao nível renal exerce uma ação diurética (Alonso, 1998).
Os taninos, em especial o catecol, conferem propriedades adstringentes úteis no caso de diarréia (Marx F. Y Maia J., apud Alonso, 1998). Os extratos aquosos de Guaraná por via oral e parenteral têm demonstrado inibição da agregação plaquetária (37%) e redução da síntese de tromboxano (78%) tanto in vitro como in vivo. Estas ações demonstraram efeitos superiores aos já demonstrados pelas xantinas desse mesmo extrato, que alcançaram 31 e 50% respectivamente (Bydolwski S., 1988 apud Alonso 1998)
TOXICIDADE E CONTRA-INDICAÇÕES: Recomenda-se não associar a outras drogas com xantinas (Café e Erva Mate, por exemplo), pois o efeito estimulante pode ser potencializado. É recomendado também o uso descontínuo da droga. Os extratos de Guaraná são ictiotóxicos (PR, 1998). Insônia, nervosismo, taquicardia, ansiedade, são entre outros os efeitos secundários percebidos pela ingestão de Guaraná. O efeito excitante sobre o SNC é mais intenso e duradouro que o provocado pelo Café e em muitos casos simula quadros de crises de hipertiroidismo. Por sua vez, o consumo habitual na forma de bebida ou mastigatória consiste um problema social no Brasil especialmente pelo alto conteúdo de taninos que diminuem a absorção de proteínas (desnutrindo o indivíduo) e aumenta o perigo de carcinogênese (Morton J., 1992 apud Alonso, 1998). É contra-indicado em estados de ansiedade, hipertireoidismo, hipertensão, arritmias, taquicardia, gastrite e síndrome do cólon irritável (Alonso, 1998).
DOSAGEM E MODO DE USAR:
- Extrato Fluido (1:1): 25 a 50 gotas, uma a três vezes ao dia (PR, 1998);
- Tintura (1:10): 50 a 100 gotas, uma a três vezes ao dia (PR, 1998);
- Extrato Seco (5:1): 100 mg, pelas manhãs (PR, 1998);
- Pó: 0,5 a 2 gramas ao dia (PR, 1998);
- Xarope (3% do Extrato Fluido): Uma a três colheres de sopa ao dia (PR, 1998).
- Homeopatia: Tintura-mãe (Cairo, 1983)